Muitos profissionais me perguntam se devem escolher o que gostam ou ganhar dinheiro. Acho essa dúvida incrível, por isso decidi falar sobre isso aqui no blog. Vejam a pergunta enviada pela Bruna Mathias.
“Fico muito em dúvida na hora de escolher a profissão. Não sei se opto pelo que eu gosto e sei fazer ou se por aquilo que irá me trazer um retorno financeiro. Gostaria de conseguir conciliar as duas coisas. Como devo agir?”
A escolha da carreira não é uma tarefa muito fácil e, justamente por isso, motivo de preocupação para jovens, principalmente se pensarmos na grande diversidade de profissões diferentes e no mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo.
Há uma insegurança em fazer um curso que dure 4 ou 5 anos e, de repente, descobrir que não era bem aquilo que se queria. E a dúvida pode ser ainda maior quando se analisa a média salarial da profissão escolhida.
O dilema trabalhar no que gosta ou ganhar dinheiro é muito comum entre os jovens, mas também está presente nos profissionais com anos de estrada.
O melhor dos mundos seria conciliar a satisfação pessoal ” fazer o que gosta” e ainda ganhar dinheiro. Mas será que isso é possível?
Quando pensamos nos critérios para uma escolha profissional, a remuneração, é claro, é importante. Afinal, quem não quer ganhar dinheiro? Mas este critério não deveria ser determinante e o único motivador.
É certo que todos nós queremos ter uma profissão que nos dê segurança financeira e conforto, porém isso deve estar ligado à vontade de exercer a atividade escolhida. Tenha em mente que você deve, sim, se preocupar com a questão financeira, mas não a ponto de escolher uma carreira que não te dê nenhum prazer.
Por exemplo, você não gosta de números e não tem nenhuma afinidade com cálculos matemáticos, mas decide cursar engenharia, pois é um curso que está em alta e costuma ter bons salários.
Escolher uma profissão levando em consideração apenas o quanto irá ganhar poderá gerar insatisfação e frustração no futuro.
A minha dica pra você:
Comece pelo o autoconhecimento. “Nessa fase, ele (jovem) precisa definir a sua identidade, ou seja, está estabelecendo quem ele quer ser ou quem não quer ser” observa a psicóloga Thalita Freira Maia.
Para o amadurecimento de uma escolha profissional temos que avaliar nossas habilidades, interesses e valores pessoais, limitações, entre outros fatores.
A próxima etapa é analisar o mercado de trabalho. Alguns questionamentos são importantes quando pensamos em determinadas profissões, como por exemplo: o que acontece no mundo em relação a essa profissão? Essa profissão está em alta nesse momento? Por quanto tempo?
Perceba que se você fizer sua escolha com base apenas no momento econômico e não prospectar como será no futuro e se existem formas de expansão da carreira, correrá o risco de escolher por modismo ou apenas pelo dinheiro e frustrar-se a médio e longo prazo.
Todas essas questões nem sempre estão ao alcance desses jovens de 15, 16, 17 anos – idade em que são obrigados a optarem por um curso universitário.
É aí que a Orientação Profissional pode ser de grande ajuda, facilitando esse momento de escolha e auxiliando o jovem a compreender os vários fatores a considerar: aspectos pessoais, familiares e sociais. Conhecendo todas essas variáveis ele terá mais condições para definir melhor sua escolha.
E você, faz algo que não curte tanto para poder se sustentar? Ou você é um daqueles sortudos que faz o que ama, sabe ganhar dinheiro e ainda está mudando o mundo com isso?
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