Muitas vezes, informar a pretensão salarial é um requerimento no início de um processo seletivo, com a pergunta sendo lançada até mesmo no momento da candidatura. Mas é comum que muitas pessoas não saibam como definir esse número. Afinal, como saber qual o limite aceitável para a empresa? Um valor muito baixo ou muito alto poderia afetar as chances de conseguir uma entrevista? E quando se trata do primeiro emprego, o que dizer?
São muitas as dúvidas quando o assunto é pretensão salaria. E, quando a pergunta surge durante uma entrevista, nem dá tempo de pensar muito no que dizer. Por isso, é bom estar preparado e já ter uma resposta na ponta da língua.
A especialista em gestão de carreiras Michelle Navarro dá uma dica fundamental para quem pensa sobre o assunto:
— Só indique a pretensão salarial caso seja solicitado pelo recrutador — recomenda.
Ou seja, essa informação deve ficar sempre fora do currículo. Mas, para não ser pego de surpresa, é bom chegar na entrevista com uma ideia do valor que pretende receber.
Para isso, a especialista dá dicas de como determinar a pretensão salarial:
1 – Pesquise
Se você não tem ideia do que colocar na pretensão salarial, a melhor estratégia é partir para uma pesquisa na Internet. Visite sites de empregos, agências de vagas e confira quanto as empresas estão oferecendo para o mesmo cargo ao qual você está se candidatando.
2 – Seja coerente
Leve em consideração também o custo de vida da região onde irá trabalhar. Fique atento para não informar um valor elevado demais. Um profissional que trabalha em uma grande capital terá um salário maior do que o mesmo profissional de uma cidade do interior. Saber os seus gastos fixos (com moradia, alimentação, transporte, etc.) é essencial para estabelecer um salário que atenderá às suas necessidades.
3 – Fale em faixa salarial
Evite informar um valor em números e procure falar em salários mínimos e, de preferência, informe a faixa salarial que você se enquadra (ex.: de 8 a 10 salários mínimos). Isso dará uma margem de negociação para ambas as partes. Mostre flexibilidade para negociar de acordo com os benefícios e desafios.
As dicas valem em especial para quem está desempregado há mais tempo ou nunca trabalhou. Nestes casos, a recomendação é apostar no valor médio que o mercado paga por vagas similares. Também é possível negociar o salário levando em conta os benefícios que a empresa oferece.
Por outro lado, quem já tem mais experiência de mercado deve levar em conta a situação atual de carreira. Com alguns anos de profissão na bagagem, fica mais fácil definir quanto quer ganhar. Afinal, neste momento você já sabe qual seu custo de vida e, provavelmente, espera que a nova oportunidade venha com um aumento de salário. Então determinar um valor com base no que você já ganha pode ser um bom caminho.
Matéria publicada no Blog Empregos do jornal NSC Total – Dezembro 2019