Como proteger seu emprego durante a crise

O desemprego ficou em 10,9% no primeiro trimestre deste ano (2016) , segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um elevado número de empresas está perdendo contratos, precisam frear a produção, se deparam com a redução das perspectivas de novos negócios, aumenta o número de demissões, o desemprego cresce, inflação sobe etc.

E entre estes fatores desfavoráveis, as empresas e as pessoas precisam garantir a sua sobrevivência. Como a taxa de desemprego só cresce, é inevitável o sentimento de insegurança das pessoas, com medo de perderem seus empregos.

A palavra crise no vocabulário chinês significa oportunidade de crescimento, portanto pode ser um momento propício para você avaliar as suas atitudes e escolher para si as melhores armas para enfrentar essa situação.

Infelizmente, não existe uma fórmula mágica para resolver o problema, mas abaixo seguem algumas dicas que podem ajudá-lo a superar esta situação da melhor maneira possível:

1 – Não se desespere: Espante o pânico e pense no futuro, no que fazer desde já para navegar nessas águas turvas. Ter tranqüilidade é fundamental. Aquele que se deixar influenciar pelo nervosismo e pessimismo vai afundar. Um estudo da International Stress Management Association (Isma) revela que o estresse é a principal causa para 56% dos executivos brasileiros.  O temor acaba consumindo todos os recursos que a pessoa tem para lidar com o problema. O importante é entender a crise e traçar uma estratégia para superá-la.

2 – Cuide de suas finanças: Quanto mais lastro financeiro você tiver, maior será sua tranqüilidade e segurança ao lidar com o risco de perder o emprego. Nos tempos de bonança, os analistas aconselham um “colchão de emergência” equivalente a seis meses de despesas de sua família.

3 – Saia da zona de conforto: manter a calma não significa ficar passivo. É hora de adaptar-se à nova realidade. Independentemente da crise, você precisa se preparar para se tornar um profissional imprescindível para a empresa. Essa mudança não é fácil. Nenhuma mudança é. Em geral, lutamos para atingir uma zona de conforto e, quando a atingimos, queremos ficar nela. Em tempos mais tranqüilos, quando a demanda é alta, a exigência é menor. E o natural é fazer mais do mesmo, acreditar que o que fazemos é suficiente.

O problema da zona de conforto é que em geral a sensação de conforto é ilusória. Enquanto os negócios iam de vento em popa, a atitude menos ativa tinha mais chance de ser tolerada. Agora, qualquer relaxamento será provavelmente interpretado como omissão. O processo de transformação pessoal exige uma série de iniciativas tanto no âmbito profissional quanto pessoal. O passo inicial é uma autoanálise honesta sobre sua situação atual. Algumas perguntas que você deve se fazer:

  • Qual o impacto da crise sobre meu empregador?
  • Qual é a minha importância para a organização?
  • Como posso me tornar mais relevante tanto na minha empresa como no mercado de trabalho em geral?
  • Quais são os passos necessários – postura, iniciativas, contatos, cursos que vão me ajudar nessa transição?

Após traçar essa estratégia pessoal, é hora de partir para a ação.

4 – Pense como a empresa: É recomendado que o profissional tenha “empatia” com sua empresa. Isso significa tentar viver o que ela vive. O profissional tem que se treinar para olhar o todo da empresa. Deve incorporar a visão dela, não apenas do cargo que ocupa. Se você só no seu cargo, é alguém que apenas cumpre tarefas – e, portanto, mais facilmente substituível.

5 – Circule mais, apareça: Um dos mantras dos profissionais de recursos humanos é o networking: a administração da sua rede de contatos. Não é para menos. Cerca de 60% das contratações de executivos é resultado de indicações de conhecidos. Sua tarefa, portanto, é tornar-se conhecido por usas habilidades. Um bom networking não serve só para contatos de empregos, mas também para ter um círculo de conselheiros e mentores, ou gente que pode compartilhar experiências, inspirar idéias para sua atividade, indicar cursos, trabalhar para você, etc.

6- Fique atento às oportunidades: Parece provérbio chinês: “É nos momentos de crise que surgem as grandes oportunidades.” O fato é que, para inúmeras pessoas, o provérbio funciona.  Até porque a crise incentiva as pessoas a pensar em alternativas. Nos tempos tranquilos, oportunidade vem na forma de fazer mais daquilo que já funciona. Nos tempos ruins, a oportunidade vem do abandono das coisas que não funcionam mais e na busca de outras, baseadas em novas necessidades. Agora estamos imersos no estresse real que uma economia em crise produz: o estresse da mudança e a necessidade de deixar nossas zonas de conforto. Às vezes, isso significa pegar uma nova estrada.

Espero ter ajudado 😉

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