O coaching é, ainda, uma área de estudo em desenvolvimento, e tema recorrente de debate entre estudiosos e profissionais da área. O coaching é uma metodologia cientificamente comprovada, que visa o autoconhecimento e autodesenvolvimento do cliente (coachee), por meio de técnicas e ferramentas capazes de identificar habilidades até então desconhecidas. O coach é o profissional especializado no processo de coaching.
O processo de coaching é uma parceria baseada na confiança, no respeito, no compromisso e no comprometimento, na ética e na confidencialidade.
Uma das premissas básicas do coaching está na suspensão de todo tipo de julgamento. Entender que as pessoas têm diferentes pontos de vista e que, em sua visão de mundo, podem estar certas. Para muitas questões, não há verdade absoluta! Pessoalmente, confesso que não é nada fácil, afinal somos seres humanos e temos uma tendência natural para julgar os outros. Já dizia Wayne Walter Dyer: “Quando você julga os outros, não os define, define a si mesmo.”
Mas afinal, qual deve ser o papel do coach nesta construção com o seu coachee?
No processo de coaching, o coachee é apoiado a ampliar seu olhar e assumir-se como protagonista da sua história, permitindo que faça suas próprias escolhas de maneira a sentir-se pronto para as mudanças.
O papel do coach é auxiliá-lo a encontrar suas capacidades e competências, comportamentais e técnicas, que melhorem o seu desempenho e o levem a alcançar sua meta.
O trabalho inicia-se com uma sessão exploratória para identificar qual o Estado Atual e definir o objetivo/meta a realizar, ou seja, o Estado Desejado.
Partindo do princípio em que se tem uma meta estabelecida, o coach irá avaliar as forças e fraquezas do seu coachee e, face aos objetivos e ao meio em que este está inserido, define, em conjunto com o seu cliente, um Plano de Ação coerente com os resultados pretendidos. Ajuda-o a responsabilizar-se pela sua própria vida, a seguir uma determinada estrutura de ação e a manter o foco. O foco será sempre na solução, nunca no problema!
Por fim, cabe lembrar que o coaching não é uma terapia, não visa resolver problemas do passado, mas sim construir uma visão de futuro. Em um processo de coaching o foco está no hoje e no amanhã.
Hermann Hesse, sem saber, elucidou neste pensamento a essência do papel do coach:
“Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.”